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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Nova espécie de dinossauro descoberta em Museu de História Natural

Após quase um século no local, uma nova espécie de dinossauro com chifre, conhecida como Spinops sternbergorum, foi encontrada no depósito do Museu de História Natural da Inglaterra.
Os restos do herbívoro, da mesma família do Triceraptor, foram escavados junto com um grande grupo de fósseis, na chamada “cama de ossos” de Alberta, no Canadá, em 1916.
Mas a ossada não foi levada a sério pelo responsável de Geologia do Museu na época, e ficou quase 100 anos guardada, até que especialistas perceberam a novidade.
Ela foi reencontrada por um grupo de pesquisadores que decidiu dar uma nova olhada nos fósseis. O líder do grupo, Andrew Farke, afirma que “sabia na hora que o fóssil era diferente, e foi muito excitante aprender sobre sua evolução”.
“Aqui temos não apenas um, mas diversos indivíduos das mesmas espécies, então estamos confiantes de que não se trata apenas de um exemplo estranho, mas de uma espécie até então desconhecida”, diz.
Os paleontologistas terão que redefinir a forma com que o grupo dos dinossauros com chifres, herbívoros e com extensões ósseas no pescoço é classificado


Penas de dinossauros são encontradas em âmbar

O âmbar permitiu preservar detalhes microscópicos, inclusive cores, que variam do preto ao marrom
Plumagens de 80 milhões de anos tinham um conjunto de funções ao mesmo tempo em dinossauros e aves.

Penas bem conservadas de dinossauros e de aves, que datam de 80 milhões de anos, foram encontradas em resinas de árvores fossilizadas no Canadá, informaram paleontólogos esta quinta-feira.

Esta variedade mostra que as diferentes etapas de evolução das plumas estavam presentes nesta época do final do Cretáceo e que estas plumagens tinham um conjunto de funções ao mesmo tempo em dinossauros e aves, afirmaram cientistas da Universidade de Alberta (oeste do Canadá).

O âmbar no qual onze tipos de penas ficaram presas permitiu preservar detalhes microscópicos, inclusive cores, que variam do preto ao marrom, afirmaram.

Algumas destas penas aparentemente pertenceram a dinossauros não aviários e outras a plumagens de pássaros muito similares às que voam hoje, concluíram os autores do trabalho, que será publicado na edição desta sexta-feira da revista Science.

No entanto, não foram encontrados fósseis de dinossauros ou de aves diretamente relacionados com estas plumas na região do lago Grassy, onde foi achado o âmbar.

As comparações com as plumas fossilizadas descobertas nas rochas, no entanto, levam a crer fortemente que alguns destes exemplares pertenciam a dinossauros não aviários, como pequenos terópodes, dinossauros carnívoros.

Quanto às penas, são muito similares às das aves modernas, como o mergulhão, capaz de nadar debaixo d'água.

As penas foram encontradas na extensa coleção de âmbares do Museu Royal Tyrrell, no sul da província canadense de Alberta, procedentes de um famoso depósito de âmbar do Canadá, situado próximo do lago Grassy.

Fóssil revela pterossauro dentado enorme

Uma análise de um fóssil de pequeno porte (a ponta do focinho de um pterossauro com dentes) revelou que um grupo do extinto réptil voador pode chegar a tamanhos maiores do que se pensava.
“O que esta pesquisa mostra é que alguns pterossauros dentados atingiam tamanhos verdadeiramente espetaculares e, por agora, nos permite colocar um limite superior de probabilidade de tamanho – cerca de 7 metros de envergadura”, disse David Unwin, um dos pesquisadores que examinou o fóssil no Museu de História Natural de Londres.
Pterossauros são répteis voadores que viveram ao mesmo tempo em que os dinossauros, entre 210 milhões a 65 milhões de anos atrás.
Os pesquisadores acreditam que este fóssil pertence a uma espécie de ornitocheiro, um tipo de réptil que se alimentava de peixe, que foi o maior dos pterossauros dentados.
O animal usava os dentes nas pontas de suas mandíbulas para agarrar sua presa enquanto voava baixo sobre a superfície da água.
Outros tipos de pterossauros, como os sem dentes, podem chegar a tamanhos muito maiores, com envergadura de até 10 metros.
Os pequenos fósseis encontrados incluíam apenas a ponta do focinho e um pequeno pedaço de um dente, mas com eles os pesquisadores foram capazes de calcular o tamanho do animal.
“Embora a coroa do dente esteja quebrada, calculamos que seu diâmetro seja de 13 milímetros. Isso é enorme para um pterossauro. É uma descoberta muito emocionante”, diz o cientista David Martill, que colaborou na pesquisa.
Baseado na forma do fragmento de fóssil, os pesquisadores o identificaram como pertencente a uma espécie conhecida como Coloborhynchus capito, um ornitocheiro raro. O fóssil foi coletado em meados do século 19, em Cambridgeshire, na Inglaterra.
Não está claro por que os pterossauros desdentados podem chegar a tamanhos muito maiores do que os pterossauros dentados, mas pode ser porque os dentes são pesados.

Carnotaurus era mais rápido e mortífero que se imaginava

O dinossauro carnívoro conhecido como carnotaurus, que habitava a América do Sul, era uma espécie muito mais mortífera do que se acreditava, segundo as últimas pesquisas de um cientista da Universidade de Alberta, no Canadá.

O carnotaurus era um predador de 7 m de comprimento com uma cauda grande e musculosa que, segundo o estudante de pós-graduação Scott Persons, o transformou em um dos caçadores mais rápidos de seu tempo.
Um exame detalhado dos ossos da cauda do Carnotaurus mostrou que seu músculo caudofemoralis possuía um tendão que se unia aos ossos da coxa.
A flexão deste esquema muscular das pernas para trás conferia ao carnotaurus mais potência e velocidade em cada passo.
Em uma pesquisa anterior, Persons encontrou uma flexão similar à da cauda nos músculos da cabeça, como o emblemático predador Tyrannosaurus rex.
Até esta descoberta, os pesquisadores pensavam que a cauda do T-rex era simplesmente um contrapeso à sua cabeça.
O exame que Persons realizou com a cauda do carnotaurus mostra que ao longo dela havia ossos similares a pares de costelas que se entrelaçavam em linha.
Com o auxílio de computadores 3D, o estudante de pós-graduação descobriu que essas costelas eram o apoio de um grande músculo caudofemoralis.
Contudo, Persons adverte que a força e a rapidez do carnotaurus se manifestavam em linha reta, já que a estrutura dos ossos gerava muita rigidez, dificultando fazer giros com velocidade.
Esta espécie de dinossauro possuía o maior músculo caudofemoralis de todos os animais conhecidos, vivos ou extintos.

Ovos de dinossauros mais antigos do mundo achados na África

O ninho de dinossauro mais antigo do mundo foi localizado na África do Sul. Os ovos são, pelo menos, cem milhões de anos anteriores a qualquer outro descoberto.

Os fósseis são de prossaurópode Massospondylus, parentes dos saurópodes de pescoço longo, como o Diplodocus.
O sítio paleontológico tem cerca de 190 milhões de anos. Nele, também há esqueletos de embriões de dinossauros. O trabalho foi publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Os paleontólogos encontraram dez ninhos separados, cada um contendo até 34 ovos medindo de seis a sete centímetros. Isto sugere que o Massospondylus retornou ao local várias vezes, colocando seus ovos em grupos.
Os ovos estavam em um trecho de 25 metros de uma área rochosa do Golden Gate Highlands National Park, na África do Sul.
Os pesquisadores acreditam que outros sítios paleontológicos estejam escondidos pela rocha. Com o tempo, a tendência é que os processos naturais de erosão os exponha.
- Apesar de haver registros expressivos de fósseis de dinossauros, temos realmente poucas informações sobre sua biologia reprodutiva, particularmente dos primeiros dinossauros - disse David Evans, curador associado de paleontologia de vertebrados no Museu Real de Ontário. - Esta série impressionante de ninhos de 190 milhões de anos de idade nos dá o primeiro olhar detalhado sobre a reprodução de dinossauros no início de sua história evolutiva.

Piauí pode ter cratera formada na época dos dinossauros

Um grupo de pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) achou evidências de que uma cratera circular no Piauí, formada pelo impacto de um meteorito, pode ter sido gerada na mesma época em que ocorreu a extinção dos dinossauros.
O impacto teria marcado o final do período Cretáceo, há 65 milhões de anos. Se a hipótese se confirmar, a cratera piauiense teria surgido no mesmo período que a de Chicxulub, no México --colisão que é a causa mais aceita para o sumiço dos dinos e de mais de 70% da biodiversidade da Terra naquela época.
A equipe da Unicamp analisou a estrutura circular de Santa Marta, em Gilbués, no Piauí, para estudar sua origem e o processo de degradação de terras da região.
O Brasil --assim como toda a América do Sul-- tem poucas estruturas de impacto de aspecto circular comprovadas.
"Mas há um conjunto significativo de estruturas circulares conhecidas que carecem de investigação", explica o engenheiro geólogo Carlos Roberto Souza Filho, coordenador do trabalho.

CONJUNTO DE PISTAS

Para os pesquisadores da Unicamp, Santa Marta reúne muitos elementos que corroboram sua origem por impacto de meteorito.
"Encontramos praticamente todas as feições macroscópicas, como cones de estilhaçamento, e microscópicas, como deformações em quartzo, que sinalizam a passagem de ondas de choque e a deformação de materiais relacionadas a um impacto."
Os pesquisadores notaram ainda que a desertificação da região pode ter sido causada pela colisão do bólido.
"As rochas estão fragilizadas em virtude de denso fraturamento [causado pelo impacto]. Essas fraturas parecem ter potencializado a erosão, o que pode ter contribuído fortemente para o amplo processo de degradação de terras", analisa o engenheiro geólogo Juliano Senna, que também é da equipe.
As rochas mais novas atingidas pelo meteorito correspondem a sedimentos depositados na região no final do período Cretáceo.
Isso significa que há uma possibilidade de que o meteorito que formou Santa Marta esteja na mesma janela temporal do impacto que criou a cratera de 180 km de diâmetro de Chicxulub.
Se a hipótese for comprovada, a cratera do Piauí será a única até hoje identificada no hemisfério Sul formada no mesmo período da famosa cratera mexicana.

PANCADARIA

Essa identificação temporal é importante porque uma das hipóteses em debate hoje em dia considera que o impacto no México pode ter sido acompanhado por outros simultâneos em várias regiões da Terra.
"Mas ainda estamos no campo da especulação. Muitas análises sofisticadas sobre as amostras coletadas no campo serão necessárias para que tenhamos alguma confirmação dessas hipóteses", enfatiza Souza Filho.
"Essa é uma investigação demorada, de geoquímica de precisão, que depende de métodos específicos e bastante onerosos", complementa Senna.
O trabalho de Souza Filho com crateras formadas por impactos de meteoritos já tem uma década.
Em 2002, ele publicou um artigo na revista "Science" sobre os impactos na Argentina, onde há o quinto maior campo de tectitos ("vidros" gerados pela colisão de meteoritos) do mundo.
Agora, os cientistas submeteram o trabalho sobre a cratera Santa Marta para revistas especializadas em geologia e ciências planetárias.

Dinossauros herbívoros encontrados pela primeira vez Antártida

A presença de grandes dinossauros herbívoros foi registrada pela primeira vez na Antártida. Num trabalho dirigido por Ignacio Alejandro Cerda, do CONICET (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina), explica-se que a espécie titanossauro, pertencente aos saurópodes, teve uma distribuição mundial, pelo menos durante o Cretáceo Superior. O estudo está publicado no jornal alemão «Naturwissenschaften».
Até agora os vestígios de saurópodes, um dos grupos mais comuns de dinossauros herbívoros tinham sido encontrados em todos os continentes exceto na Antártida.
Nas últimas duas décadas foram feitas algumas descobertas de dinossauros na Ilha James Ross (extremo nordeste da Península Antártica). Mas é a primeira vez que se encontra um saurópode.
Os investigadores apresentam no artigo agora publicado uma descrição detalhada do fragmento de uma vértebra da cauda, recuperada naquela ilha. O tamanho e a morfologia específica da amostra levam os investigadores a identificá-lo como um “titanossauro avançado”.
Estes dinossauros apareceram durante o Cretáceo inferior e compõem o grupo mais predominante de saurópodes. Extinguiram no final do Cretáceo, juntamente com a grande maioria dos dinossauros. Apesar de ter sido uma das espécies mais comuns e com maior êxito, a sua origem e dispersão não estão ainda totalmente esclarecidas.