Pesquisar este blog

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Nova espécie de dinossauro descoberta em Museu de História Natural

Após quase um século no local, uma nova espécie de dinossauro com chifre, conhecida como Spinops sternbergorum, foi encontrada no depósito do Museu de História Natural da Inglaterra.
Os restos do herbívoro, da mesma família do Triceraptor, foram escavados junto com um grande grupo de fósseis, na chamada “cama de ossos” de Alberta, no Canadá, em 1916.
Mas a ossada não foi levada a sério pelo responsável de Geologia do Museu na época, e ficou quase 100 anos guardada, até que especialistas perceberam a novidade.
Ela foi reencontrada por um grupo de pesquisadores que decidiu dar uma nova olhada nos fósseis. O líder do grupo, Andrew Farke, afirma que “sabia na hora que o fóssil era diferente, e foi muito excitante aprender sobre sua evolução”.
“Aqui temos não apenas um, mas diversos indivíduos das mesmas espécies, então estamos confiantes de que não se trata apenas de um exemplo estranho, mas de uma espécie até então desconhecida”, diz.
Os paleontologistas terão que redefinir a forma com que o grupo dos dinossauros com chifres, herbívoros e com extensões ósseas no pescoço é classificado


Penas de dinossauros são encontradas em âmbar

O âmbar permitiu preservar detalhes microscópicos, inclusive cores, que variam do preto ao marrom
Plumagens de 80 milhões de anos tinham um conjunto de funções ao mesmo tempo em dinossauros e aves.

Penas bem conservadas de dinossauros e de aves, que datam de 80 milhões de anos, foram encontradas em resinas de árvores fossilizadas no Canadá, informaram paleontólogos esta quinta-feira.

Esta variedade mostra que as diferentes etapas de evolução das plumas estavam presentes nesta época do final do Cretáceo e que estas plumagens tinham um conjunto de funções ao mesmo tempo em dinossauros e aves, afirmaram cientistas da Universidade de Alberta (oeste do Canadá).

O âmbar no qual onze tipos de penas ficaram presas permitiu preservar detalhes microscópicos, inclusive cores, que variam do preto ao marrom, afirmaram.

Algumas destas penas aparentemente pertenceram a dinossauros não aviários e outras a plumagens de pássaros muito similares às que voam hoje, concluíram os autores do trabalho, que será publicado na edição desta sexta-feira da revista Science.

No entanto, não foram encontrados fósseis de dinossauros ou de aves diretamente relacionados com estas plumas na região do lago Grassy, onde foi achado o âmbar.

As comparações com as plumas fossilizadas descobertas nas rochas, no entanto, levam a crer fortemente que alguns destes exemplares pertenciam a dinossauros não aviários, como pequenos terópodes, dinossauros carnívoros.

Quanto às penas, são muito similares às das aves modernas, como o mergulhão, capaz de nadar debaixo d'água.

As penas foram encontradas na extensa coleção de âmbares do Museu Royal Tyrrell, no sul da província canadense de Alberta, procedentes de um famoso depósito de âmbar do Canadá, situado próximo do lago Grassy.

Fóssil revela pterossauro dentado enorme

Uma análise de um fóssil de pequeno porte (a ponta do focinho de um pterossauro com dentes) revelou que um grupo do extinto réptil voador pode chegar a tamanhos maiores do que se pensava.
“O que esta pesquisa mostra é que alguns pterossauros dentados atingiam tamanhos verdadeiramente espetaculares e, por agora, nos permite colocar um limite superior de probabilidade de tamanho – cerca de 7 metros de envergadura”, disse David Unwin, um dos pesquisadores que examinou o fóssil no Museu de História Natural de Londres.
Pterossauros são répteis voadores que viveram ao mesmo tempo em que os dinossauros, entre 210 milhões a 65 milhões de anos atrás.
Os pesquisadores acreditam que este fóssil pertence a uma espécie de ornitocheiro, um tipo de réptil que se alimentava de peixe, que foi o maior dos pterossauros dentados.
O animal usava os dentes nas pontas de suas mandíbulas para agarrar sua presa enquanto voava baixo sobre a superfície da água.
Outros tipos de pterossauros, como os sem dentes, podem chegar a tamanhos muito maiores, com envergadura de até 10 metros.
Os pequenos fósseis encontrados incluíam apenas a ponta do focinho e um pequeno pedaço de um dente, mas com eles os pesquisadores foram capazes de calcular o tamanho do animal.
“Embora a coroa do dente esteja quebrada, calculamos que seu diâmetro seja de 13 milímetros. Isso é enorme para um pterossauro. É uma descoberta muito emocionante”, diz o cientista David Martill, que colaborou na pesquisa.
Baseado na forma do fragmento de fóssil, os pesquisadores o identificaram como pertencente a uma espécie conhecida como Coloborhynchus capito, um ornitocheiro raro. O fóssil foi coletado em meados do século 19, em Cambridgeshire, na Inglaterra.
Não está claro por que os pterossauros desdentados podem chegar a tamanhos muito maiores do que os pterossauros dentados, mas pode ser porque os dentes são pesados.

Carnotaurus era mais rápido e mortífero que se imaginava

O dinossauro carnívoro conhecido como carnotaurus, que habitava a América do Sul, era uma espécie muito mais mortífera do que se acreditava, segundo as últimas pesquisas de um cientista da Universidade de Alberta, no Canadá.

O carnotaurus era um predador de 7 m de comprimento com uma cauda grande e musculosa que, segundo o estudante de pós-graduação Scott Persons, o transformou em um dos caçadores mais rápidos de seu tempo.
Um exame detalhado dos ossos da cauda do Carnotaurus mostrou que seu músculo caudofemoralis possuía um tendão que se unia aos ossos da coxa.
A flexão deste esquema muscular das pernas para trás conferia ao carnotaurus mais potência e velocidade em cada passo.
Em uma pesquisa anterior, Persons encontrou uma flexão similar à da cauda nos músculos da cabeça, como o emblemático predador Tyrannosaurus rex.
Até esta descoberta, os pesquisadores pensavam que a cauda do T-rex era simplesmente um contrapeso à sua cabeça.
O exame que Persons realizou com a cauda do carnotaurus mostra que ao longo dela havia ossos similares a pares de costelas que se entrelaçavam em linha.
Com o auxílio de computadores 3D, o estudante de pós-graduação descobriu que essas costelas eram o apoio de um grande músculo caudofemoralis.
Contudo, Persons adverte que a força e a rapidez do carnotaurus se manifestavam em linha reta, já que a estrutura dos ossos gerava muita rigidez, dificultando fazer giros com velocidade.
Esta espécie de dinossauro possuía o maior músculo caudofemoralis de todos os animais conhecidos, vivos ou extintos.

Ovos de dinossauros mais antigos do mundo achados na África

O ninho de dinossauro mais antigo do mundo foi localizado na África do Sul. Os ovos são, pelo menos, cem milhões de anos anteriores a qualquer outro descoberto.

Os fósseis são de prossaurópode Massospondylus, parentes dos saurópodes de pescoço longo, como o Diplodocus.
O sítio paleontológico tem cerca de 190 milhões de anos. Nele, também há esqueletos de embriões de dinossauros. O trabalho foi publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Os paleontólogos encontraram dez ninhos separados, cada um contendo até 34 ovos medindo de seis a sete centímetros. Isto sugere que o Massospondylus retornou ao local várias vezes, colocando seus ovos em grupos.
Os ovos estavam em um trecho de 25 metros de uma área rochosa do Golden Gate Highlands National Park, na África do Sul.
Os pesquisadores acreditam que outros sítios paleontológicos estejam escondidos pela rocha. Com o tempo, a tendência é que os processos naturais de erosão os exponha.
- Apesar de haver registros expressivos de fósseis de dinossauros, temos realmente poucas informações sobre sua biologia reprodutiva, particularmente dos primeiros dinossauros - disse David Evans, curador associado de paleontologia de vertebrados no Museu Real de Ontário. - Esta série impressionante de ninhos de 190 milhões de anos de idade nos dá o primeiro olhar detalhado sobre a reprodução de dinossauros no início de sua história evolutiva.

Piauí pode ter cratera formada na época dos dinossauros

Um grupo de pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) achou evidências de que uma cratera circular no Piauí, formada pelo impacto de um meteorito, pode ter sido gerada na mesma época em que ocorreu a extinção dos dinossauros.
O impacto teria marcado o final do período Cretáceo, há 65 milhões de anos. Se a hipótese se confirmar, a cratera piauiense teria surgido no mesmo período que a de Chicxulub, no México --colisão que é a causa mais aceita para o sumiço dos dinos e de mais de 70% da biodiversidade da Terra naquela época.
A equipe da Unicamp analisou a estrutura circular de Santa Marta, em Gilbués, no Piauí, para estudar sua origem e o processo de degradação de terras da região.
O Brasil --assim como toda a América do Sul-- tem poucas estruturas de impacto de aspecto circular comprovadas.
"Mas há um conjunto significativo de estruturas circulares conhecidas que carecem de investigação", explica o engenheiro geólogo Carlos Roberto Souza Filho, coordenador do trabalho.

CONJUNTO DE PISTAS

Para os pesquisadores da Unicamp, Santa Marta reúne muitos elementos que corroboram sua origem por impacto de meteorito.
"Encontramos praticamente todas as feições macroscópicas, como cones de estilhaçamento, e microscópicas, como deformações em quartzo, que sinalizam a passagem de ondas de choque e a deformação de materiais relacionadas a um impacto."
Os pesquisadores notaram ainda que a desertificação da região pode ter sido causada pela colisão do bólido.
"As rochas estão fragilizadas em virtude de denso fraturamento [causado pelo impacto]. Essas fraturas parecem ter potencializado a erosão, o que pode ter contribuído fortemente para o amplo processo de degradação de terras", analisa o engenheiro geólogo Juliano Senna, que também é da equipe.
As rochas mais novas atingidas pelo meteorito correspondem a sedimentos depositados na região no final do período Cretáceo.
Isso significa que há uma possibilidade de que o meteorito que formou Santa Marta esteja na mesma janela temporal do impacto que criou a cratera de 180 km de diâmetro de Chicxulub.
Se a hipótese for comprovada, a cratera do Piauí será a única até hoje identificada no hemisfério Sul formada no mesmo período da famosa cratera mexicana.

PANCADARIA

Essa identificação temporal é importante porque uma das hipóteses em debate hoje em dia considera que o impacto no México pode ter sido acompanhado por outros simultâneos em várias regiões da Terra.
"Mas ainda estamos no campo da especulação. Muitas análises sofisticadas sobre as amostras coletadas no campo serão necessárias para que tenhamos alguma confirmação dessas hipóteses", enfatiza Souza Filho.
"Essa é uma investigação demorada, de geoquímica de precisão, que depende de métodos específicos e bastante onerosos", complementa Senna.
O trabalho de Souza Filho com crateras formadas por impactos de meteoritos já tem uma década.
Em 2002, ele publicou um artigo na revista "Science" sobre os impactos na Argentina, onde há o quinto maior campo de tectitos ("vidros" gerados pela colisão de meteoritos) do mundo.
Agora, os cientistas submeteram o trabalho sobre a cratera Santa Marta para revistas especializadas em geologia e ciências planetárias.

Dinossauros herbívoros encontrados pela primeira vez Antártida

A presença de grandes dinossauros herbívoros foi registrada pela primeira vez na Antártida. Num trabalho dirigido por Ignacio Alejandro Cerda, do CONICET (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina), explica-se que a espécie titanossauro, pertencente aos saurópodes, teve uma distribuição mundial, pelo menos durante o Cretáceo Superior. O estudo está publicado no jornal alemão «Naturwissenschaften».
Até agora os vestígios de saurópodes, um dos grupos mais comuns de dinossauros herbívoros tinham sido encontrados em todos os continentes exceto na Antártida.
Nas últimas duas décadas foram feitas algumas descobertas de dinossauros na Ilha James Ross (extremo nordeste da Península Antártica). Mas é a primeira vez que se encontra um saurópode.
Os investigadores apresentam no artigo agora publicado uma descrição detalhada do fragmento de uma vértebra da cauda, recuperada naquela ilha. O tamanho e a morfologia específica da amostra levam os investigadores a identificá-lo como um “titanossauro avançado”.
Estes dinossauros apareceram durante o Cretáceo inferior e compõem o grupo mais predominante de saurópodes. Extinguiram no final do Cretáceo, juntamente com a grande maioria dos dinossauros. Apesar de ter sido uma das espécies mais comuns e com maior êxito, a sua origem e dispersão não estão ainda totalmente esclarecidas.

terça-feira, 20 de novembro de 2012


Crânio de animal que viveu há mais de 260 milhões de anos no RS vai ser apresentado em museu

Após quase quatro anos de trabalhos de limpeza e restauração, o crânio de um antepassado dos mamíferos será apresentado no Museu de Paleontologia do Instituto de Geociências da UFRGS a partir das 10h desta terça-feira.
Encontrado em 2008 em São Gabriel, o fóssil é de um predador que pode ser considerado um parente pré-histórico dos leões.
O animal teria vivido no Rio Grande do Sul há mais de 260 milhões de anos. Os quatro dentes caninos grandes e curvados, em forma de gancho, são característicos de um carnívoro. Além disso, o crânio com quase 35 centímetros de comprimento (da parte posterior à ponta do focinho) apresenta oito pequenos dentes com serrilhas e outros quatro dentes incisivos em cada lado, totalizando 52 dentes.

A espécie foi chamada pelos pesquisadores de Pampaphoneus biccai, que significa "matador dos pampas" (o nome também homenageia José Bicca, proprietário da fazenda onde foi realizado o achado). Segundo o paleontólogo Juan Carlos Cisneros, responsável pela descoberta, ele é o primeiro animal carnívoro que viveu na América do Sul na Era Paleozoica.

— Ele não é um dinossauro, é um dincefálio, de um grupo de animais ancestral dos mamíferos — afirma.

De acordo com os cálculos dos paleontólogos, o predador pré-histórico seria quadrúpede e teria até três metros de comprimento (da face à ponta da cauda). Ele habitou a Terra no período Permiano, em uma época em que os continentes estavam se reagrupando. Alguns fósseis de animais semelhantes ao Pampaphoneus já foram encontrados na Rússia e na África do Sul.

Cisneros supõe que ele teria migrado entre as regiões devido ao alto poder de adaptação ao ambiente. Por comparação, o paleontólogo traça um paralelo com o puma, felino de grande porte que pode ser encontrado nas Américas:

— Ele era um predador de topo da cadeia alimentar, o equivalente ecológico a um leão. Ele desempenharia o mesmo papel na natureza que os grandes felinos.

No ano passado, o mesmo grupo de pesquisadores identificou um herbívoro da espécie Tiarajudens eccentricus, encontrado na mesma região. Cisneros afirma que o Pampaphoneus seria o predador deste animal. Ele ressalta que também já foram encontrados em solo gaúcho vestígios da existência de alguns anfíbios e répteis:

— No Brasil, quase tudo que se conhece desse período geológico foi encontrado no Rio Grande do Sul ou no Paraná.

O período Permiano foi o último da Era Palozoica. Cisneros destaca que o clima na região gaúcha, na época, era mais árido e sazonal, com grandes períodos de chuva e de seca, como no continente africano atual. Além disso, ele destaca a existência de muitos vulcões na época, cuja ação teria causado a extinção de 90% da vida existente na Terra.

Segundo Cisneros, a descoberta do predador dos pampas deverá ser publicada nesta semana na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Carcharodontossauro 





O Carcharodontossauro cujo nome significa " réptil com dentes de tubarão " era conhecido apenas por fragmentos de ossos, mas recentemente foram descobertos mais fósseis que indicam ser o Carcharodontossauro um dos maiores dinossauros carnívoros que já existiram, sendo maior até que o Tiranossauro rex e seus dentes atingiam o incrível tamanho de 15 centímetros.
Há 90 milhões de anos atrás, esse enorme animal era um dos dinossauros mais amedrontadores que vagavam pela paisagem pré-histórica. Tinha a pele manchada, que servia como camuflagem na luz filtrada pelas árvores, quando ele aguardava a hora certa para atacar. Então, ele se atirava sobre a presa com sua boca enorme . O Carcharodontossauro não era veloz, mas tocaiava sua presa e a engolia inteira. Seu pescoço era forte o bastante para girar sua enorme cabeça.
Na terceira imagem de cima para baixo um Carcharodontossauro está atacando e disputando a mesma presa com um Espinossauro, que é sem dúvida também um dos maiores dinossauros carnívoros que já existiu, a presa é um enorme saurópode conhecido como Aegyptosaurus baharijensis, quem ganhará a luta é impossível determinar com certeza, mas se os grandes carnívoros travassem uma batalha, essa seria aterrorizante.
Na última imagem um Carcharodontossauro está ameaçando um Deltadromeus e que se "não der ouvidos" a essa ameaça poderá virar a sobremesa desse banquete.

Dados do Dinossauro

Nome: Carcharodontossauro
Nome Científico: Carcharodontosaurus saharicus
Época: Cretáceo
Local em que viveu: Norte da África ( Egito, Marrocos, Tunísia, etc)
Tamanho: 15 metros de comprimento
Peso: Cerca de 9 toneladas
Alimentação: Carnívora
Carcharodontossauro
Carcharodontossauro

quinta-feira, 15 de novembro de 2012


Quetzalcoatlus
Quetzalcoatlus era um pterossauro enorme com uma envergadura de até 13 metros era umas das maiores criatura voadoras. É o último pterossauro conhecido que sobreviveu mesmo ao fim do período de Cretáceo.
Apesar de seu tamanho enorme, foi construído seu esqueleto o animal inteiro provavelmente pesaria aproximadamente 100 quilos. Era um bom planador, certamente seria capaz de cobrir grandes distâncias. Seu pescoço era extremamente longo, suas mandíbulas eram esbeltas com dentes afiados provavelmente para pegar peixes, mas acredita-se que ele deveria comer carne de dinossauros e outros animais mortos que encontrasse.
Douglas Lawson foi o primeiro a achar um fóssil de Quetzalcoatlus, no parque nacional de Curva Grande no Texas, E.U.A.. Ao contrário da maioria dos outros fósseis de pterossauro estes restos não foram achados em estratos marinhos mas na areia e lodo da planície inundada de um grande rio. Isto levantou perguntas de como ele viveu.
O fato de os Quetzalcoatlus terem um pescoço longo e que ele podia planar incitou a idéia que ele poderia ser como um abutre e poderia se alimentar nos corpos de dinossauros mortos. Mas alguns paleontologistas, notando as mandíbulas esbeltas e longas sugerem que sondasse rios, pântanos e lagoas para comer moluscos e crustáceos. Outros pensam que ele voava baixo em cima dos mares rasos e mornos para pegar peixes na superfície. Lawson nomeou o Pterossauro com o nome do deus da serpente emplumada dos Astecas, Quetzalcoatl.

Dados do Pterossauro

Nome: Quetzalcoatlus
Nome Científico: Quetzalcoatlus northropi
Época: Cretáceo
Local onde viveu: América do Norte.
Peso: Cerca de 100 quilos
Tamanho: 
13 metros de envergadura.
Alimentação: Carnívora
Quetzalcoatlus
Quetzalcoatlus
Quetzalcoatlus
Quetzalcoatlus
Quetzalcoatlus
Quetzalcoatlus

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Espinossauro



Nome científico: Spinosaurus Aegyptiacus, S. marocannus.
Significado do Nome: Lagarto Espinho Egípcio e Lagarto Espinho do Marroco.
Tamanho: 12 a 18 metros de comprimento e 5,5 a 6 metros de altura aproximadamente.
Alimentação: Carnívora.
Peso: 7 a 20 toneladas aproximadamente.
Viveu: África.
Período: Cretáceo inferior e superior.

Veja onde viveu o mais longo dos terópodes!
© Mapa da NASA/Visible Earth
Adaptação por Patrick Król Padilha
Veja quando viveu o Spinosaurus!
© Patrick Król Padilha!

Fósseis e características

O Espinossauro é famoso mas pouco se tem de material fóssil de tal predador, sendo que há 6 esqueletos parciais principais. Vemos a eles.

BSP 1912 VIII 19: este foi descoberto por Richard Markgraf em 1912 e descrito por Ernst Stromer em 1915. Originário da Formação Bahariya, tornou-se o holótipo com a criação do gênero e espécie. O material consistia do seguintes pedaços, a maioria incompletos:
  • Partes da maxila
  • Partes da mandíbula com 75 cm de comprimento
  • 20 dentes
  • 2 vértebras cervicais
  • 7 vértebras dorsais
  • 3 vértebras sacrais
  • 1 vértebra caudal
  • 4 Costelas
  • Elementos da gastrália
Das nove espinhas neurais (que formam a vela) a mais longa, associada com uma vértebra dorsal, tinha 1,65 metros. Stromer afirmou que o espécime viveu no Cenomaniano, cerca de 97 milhões de ano. Esse espécime foi destruído na 2ª Guerra Mundial, especificamente na noite de 24 para 25 de abril de 1944, quando um bombardeio britânico acertou Munique. O ataque prejudicou severamente os prédios da Paläontologische Staatssammlung München (Coleção de Paleontologia do Estado Bavário). No entanto, desenhos detalhados e descrições dos espécimes permanecem. O filho de Stromer doou os arquivos de seu pai para o Paläontologische Staatssammlung München em 1995 e Smith et al. analizou duas fotografias do holótipo descobertas no arquivo em 2000. Com base nas fotos da mandíbula inferior e uma foto do espécime todo montado, Smith concluiu que o desenho original era levemente incorreto. Em 2003, Oliver Rauhut sugeriu que o Spinosaurus de Stromer era uma quimera, composto de vértebras e espinhas neurais de um carcarodontossaurídeo parecido ao Acrocantossauro e dentes de Barionix ou Suchomimus. Essa análise foi rejeitada.
Ilustração do 1º esqueleto: partes encontradas estão mais escuras
© Ernst Stromer
NMC 50791: mantido no Museu da Natureza Canadense, é uma vértebra cervival que tem 19,5 centímetros de comprimento das jazidas Kem Kem - Marroco. É o holótipo do S. maroccanustendo sido descrevido por Dale Russel em 1996. Outros espécimes referidos ao S. maroccanus no mesmo artigo eram duas outras vértebras cervicais (NMC 41768 and NMC 50790), um fragmento dentário anterior (NMC 50832), um fragmento dentário do meio (NMC 50833) e um arco neural dorsal anterior (NMC 50813). Russel afirmou que "somente informação geral sobre localidade poderia ser fornecida" para o espécime e portanto poderia ser datado apenas como possivelmente originário do Albiano. Vale ressaltar que, enquanto muitos aceitem a validade de S. maroccanus, grande parte da comunidade científica o classifica como sinônimo júnior de S. aegypticaus ou até nomen dubium.
MNHN SAM 124: pertence ao Museu Nacional de História Natural de Paris. É um focinho composto de premaxila parcial, maxila parcial, vômer e fragmentos dentários. Foi descrito por Taquet e Russell em 1998, media 13,4 a 13,6 centímetros de largura, porém não foi divulgado o comprimento do fóssil. Encontrado na Algéria seria da época Albiana. Taquet e Russell acreditavam que o espécime assim como um fragmento de premaxila (SAM 125), duas vértebras cervicais (SAM 126-127) e um arco neural dorsal (SAM 128) pertenciam a S. maroccanus.
MNHN SAM 124© FunkMonk

BM231: localizado na coleção do Instituto Nacional de Minas, Tunis, foi descrito por Buffetaut e Ouaja em 2002. Consiste de um fragmento dentário anterior de 11,5 centímetros de comprimento do Albiano inferior, da Formação Chenini - Tunísia. O fragmento dentário, que incluía quatro alvéolos e dois dentes parciais, era supostamente similar ao material de S. aegyptiacus.
UCPC-2: mantido na Coleção Paleontólica da Universidade de Chicago, consiste principalmente de dois ossos nasais estreitos conectados com uma crista sem crânio que seria localizada entre os olhos. O espécime que tem 18 centímetros de comprimento, foi localizado em rochas do início do Cenomaniano, parte das jazidas Kem Kem do Marrocos, em 1996. Foram descritas em 2005 por Cristiano Dal Sasso e colegas, do Museu Cívico de História Natural de Milão. Simone Maganuco, segundo autor de Dal Sasso et al. (2005)
MSNM V4047: Este fóssil está no Museu de História Natural de Milão e foi descrito por Dal Sasso e colegas em 2005. Composto de focinho com premaxila parcial e ossos nasais parciais totalizando 98,8 centímetros de comprimento é proveniente das jazidas Kem Kem. Assim como UCPC-2, imagina-se ter vindo do Cenomaniano.
MSNM V4047© GhedoSimone Maganuco segurando o fóssil MSNM V4047
© Simone Maganuco

Além destes fósseis, outros fragmentos e dentes foram descritos ou mencionados, originados de diversas partes da África. No entanto tais fósseis são demasiadamente inconclusivos para poder com segurança inseri-los em uma espécie ou criar uma nova. A título de curiosidade, a classificação do Espinossauro é a seguinte: Animalia >Chordata > Reptilia > Dinosauria > Saurischia > Theropoda >Megalosauroidea > Spinosauridae > Spinosaurinae >Spinosaurus.

Aparência e comportamento
Essas poucas peças fósseis forneceram aos paleontólogos informações suficientes sobre o animal, sendo que as vértebras dorsais chamaram mais atenção, pois eram diferentes das dos outros terópodes. As longas vérebras com suas espinhas neurais alongadas levaram Stromer a escolher o nome Spinosaurus, vindo do latim, significa "Lagarto espinho", sendo que as várias vértebras alongadas eram dispostas verticalmente sobre o dorso e recobertas de pele formando uma espécie de "vela" ou "barbatana". Os dentes encontrados, 20 no total, eram lisos, cônicos e não possuíam serras como nos tiranossaurídeos ou carcarodontossaurídeos, além de serem mais finos e arredondados, algo incomum em um dinossauro predador.

O crânio possuía uma crista alta e fina entre os olhos bem no meio do crânio e uma espécie de abertura ou concavidade próximo à ponta da boca, sendo que na frente havia 6 a 7 dentes de cada lado, e depois dessa concavidade haviam em média 12 dentes, sendo que o segundo e terceiro dentes de cada lado eram especialmente grandes. Esse tipo de dentição levou os pesquisadores a imaginar que em vez de matar presas grandes ele comesse peixes, assim não necessitando de dentes serrilhados para rasgar carne. Esses dentes pertenciam à mandíbula também diferenciada, fina, estreita nas laterais e alongada, deixando o Spinosaurus com cara de crocodilo, mais uma característica indicando hábitos piscívoros.
© Todd Marshall

Basicamente o Spinosaurus foi o maior predador terrestre já registrado, com seus aproximados 18 metros de comprimento era maior que o afamado rei dos dinossauros, o Tiranossauro rex e também maior que o Carcharodontosaurus saharicus e de comprimento superior ao do terror sul americano,Giganotosaurus carolinii. O pesquisador Dal Sasso (2005) comparou o tamanho do Espinossauro com o do Suchomimus, usando-o como modelo para o corpo do parente maior e sua estimativa chegou a 18 metros de comprimento e 11 a 16 toneladas, por isso muitos questionam tais medidas.
Por outro lado, em 2007 François Therrien e Donald Henderson recalcularam as medidas do dino, diminuindo seu comprimento para 12 a 14 metros e seu peso sendo, por sua vez, aumentado, para 12 a 20 toneladas. Mas devido terem usado tiranossaurídeos e outros carnossauros como base para seu estudo, muita credibilidade foi perdida, pois tais dinossauros tem proporções diferentes de espinossaurídeos.
Comparação entre maiores terópodes© Matt Martyniuk
Seu crânio é um dos mais longos, segundo Dal Sasso et al. (2005) media provavelmente cerca de 1,75 metros, do focinho até a base do crânio, o que seria uma bocarra imensa que o permitia abocanhar enormes peixes. No entanto essa medida é questionável devido à variação de forma entre crânios de diferentes espécies de espinossaurídeos. Supoem-se que a parte de trás da cabeça do Espinossauro era parecida com a doIrritator. Conviveu com grandes saurópodes como Paralititan eAegyptosaurus e também com o Carcharodontosaurus, outro enorme predador do cretáceo superior. Deltadromeus eBahariasaurus, que podem inclusive ser sinônimos, também viviam no mesmo ambiente, assim como o crocodiloStomatosuchus e o Celacanto Mawsonia, possível presa do terópode. Onde hoje é o Egito, seria uma área costeira no Cenomaniano, com manguezais onde o Espinossauro poderia pescar, com entremarés alagando a região.
Espinossauros brigam por peixe
© Dinoraul

Não há evidência direta de que presas o Espinossauro comia, mas imagina-se que tal espécie fosse muito oportunista, variando a dieta conforme a disponibilidade de tipos alimentares. Se havia mais fartura de peixes, comia peixes, se havia uma carcaça de dinossauro em seu caminho, aproveitaria e se precisasse caçar animais terrestres quando com fome, o faria. Dentes de espinossaurídeos foram achados empterossauros aqui no Brasil e na Inglaterra foram achados restos de peixes e ossos de Iguanodon no estômago do Barionix, o que indica que espinossauros deveriam comer um pouco de tudo.
Oportunista não dispensa carcaças
©
 Todd Marshall 

Estudos com tomografia computadorizada revelaram espaços no crânio do Espinossauro que supostamente abrigariam órgãos sensíveis à pressão, usados para sentir presas debaixo da água sem mesmo vê-las. As narinas situadas mais próximas dos olhos indicam que frequentemente mantinha a cabeça na água e análises de isótopos nos dentes de espinossaurídeos indicaram que viviam boa parte da vida na água, como crocodilos, alternando entre terra firme e ambiente aquático.
Spinosaurus nadando
© Felipes Alves Elias
Vértebras alongadas
As vértebras do Espinossauro até hoje são um mistério em relação à sua utilização, pois elas não eram tão finas porém deveriam ser frágeis e poderiam em vez de ser recobertas apenas por pele, sustentar carne grossa ou gordura como em Camelos, formando uma corcova. Essa estrutura poderia ter várias funções, sendo que as mais lógicas são a dissipação de calor ou a captação desse mesmo para o corpo dependendo da posição em relação ao sol. Poderia ser um elemento usado para intimidar rivais aumentando seu tamanho já bem avantajado ou servir como enfeite para exibição em época de acasalamento, sendo que nesse caso poderia ser colorida ou mudar de cor. Pode ser que houvesse uma diferença de tamanho ou formato da vela do macho para a fêmea, mas isso só poderia ser comprovado por novas descobertas.
O espinossauro geralmente é retratado como sendo bípede, porém na década de 1970 era comumente mostrado apoiado em todas as quatro patas, o que foi supostamente apoiado pela descoberta dos fósseis do Baryonyx, que tinha braços mais reforçados. No entanto, as mãos dos Terópodes não podiam ser apoiadas viradas para trás, pois as palmas ficavam viradas em direção uma da outra. No entanto acredita-se que ocasionalmente os espinossaurídeos apoiassem-se nas patas dianteiras para descansar, geralmente enquanto sentados, assim apoiando o lado da mão no chão e não a palma em si.
Spinosaurus em pose quadrúpede
© TopGon
© Rodrigo Vega
Espinossauro sentado com as mãos apoiadas no chão
© Matteo Bacchin
Fama
O Espinossauro há muito tempo vem sendo estudado e inserido entre os maiores terópodes, mas isso só veio a público quando foi retratado em Jurassic Park 3 (2001) com 18 metros de comprimento. No longa o Espinossauro vence uma luta contra o T.rex, tido por muitos como rei dos dinossauros, o que fez com que o Rex ganhasse um rival na popularidade. No entanto, precisamos lembrar que apesar de maior, seria improvável que o Espinossauro viesse a ganhar a luta da maneira mostrada no filme, afinal, suas mandíbulas mais finas não teriam força para segurar um T.rex. Na verdade estes dois dinos nunca se encontraram, viviam em locais e tempos diferentes.
Espinossauro de Jurassic Park 3
© Universal Pictures
Também aparece freqüentemente em livros e miniaturas colecionáveis, como action figures, revistas de coleção entre outros meios de mídia. O documentário "Criaturas Titânicas" mostrou um episódio sobre o Espinossauro, mas muitos erros foram cometidos. Confira mais sobre este documentário clicando aqui.
Spinosaurus de Criaturas Titânicas
© Discovery Channel

Ainda temos muito a aprender sobre o Espinossauro e as descobertas que o futuro nos reserva são imprevisíveis. Mas se fósseis como o da foto abaixo, estão em coleções particulares, pode ser que um dia venham a cair em algum museu e ajudem-nos a compreender melhor estes fascinantes animais.
Espinossauro: espécime de 8 metros em coleção particular
© Archaeodontosaurus© Sérgio Pérez